Filho do advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares e da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen e primo em terceiro grau de José Avillez, Miguel Sousa Tavares é natural do Porto. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, e foi na capital que passou a infância e a juventude. Durante mais de uma década foi advogado em Lisboa.
Estreou-se no jornalismo em 1978, ano em que iniciou a sua colaboração na Radiotelevisão Portuguesa. Em 1989 participou na fundação da revista semanalGrande Reportagem. Foi director da versão trimestral, entre 1990 e 1991, e da versão mensal, iniciada em outubro de 1991, até 1999. Antes, em 1989, dirigiu a revista Sábado, fundada por Pedro Santana Lopes, mas manteve-se pouco tempo no cargo, devido à instabilidade interna da revista. Em 1990 começou a colaborar no Público, onde publicaria uma crónica semanal até 2002. Ao mesmo tempo, estendeu a sua colaboração ao desportivo A Bola, à revista Máxima e ao informativo online Diário Digital.
Voltou à televisão na SIC, com Terça à Noite, (de 1993 a 1995, um debate com António Barreto e Pacheco Pereira . Paralelamente, em 1994, foi para o ar 20 anos, 20 nomes, uma série de vinte entrevistas com protagonistas da história portuguesa recente. De 1995 a 1998, apresentou, com Margarida Marante, também na SIC, o programa de actualidade política Crossfire. Chegaria ainda, na mesma estação, a apresentar, durante um pequeno período e ao domingo, o bloco noticioso da 20 horas (Jornal da Noite). Em 1998 terá sido convidado para o cargo de director-geral da RTP, tendo recusado. Em 1999 passou para a TVI, onde partilhou o debate Em Legítima Defesa, com Paula Teixeira da Cruz e moderação de Pedro Rolo Duarte. A partir de 2000, na mesma estação, viria a marcar presença assídua às terças-feiras no Jornal Nacional, na análise à actualidade nacional e internacional. Em 2010 regressa à SIC, com Sinais de Fogo, um programa semanal de comentário político. Actualmente é comentador residente, na mesma estação, às terças-feiras, no Jornal da Noite.
Das suas incursões literárias resultaram compilações de crónicas, vários romances, livros de contos e uma história infantil. Equador, de 2004, foi um best-seller, estando traduzido em mais de uma dezena de línguas estrangeiras. Rio das Flores, em 2007, teve uma primeira tiragem de 100 mil exemplares. Recebeu o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Rego, em 2007.
Da sua actividade cívica, integrou a Direcção do Movimento Portugal Único, em 1998, defensor do «não» num referendo sobre a regionalização administrativa. Em2009 contestou publicamente o prolongamento do terminal de Alcântara, numa concessão polémica à construtora Mota Engil. Actualmente é colunista semanal do jornal Expresso. Mantém ainda a crónica n' A Bola, onde se evidencia como adepto do Futebol Clube do Porto.
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